domingo, 27 de novembro de 2011

PROJETO AFRICANIDADE NO BRASIL

    O Colégio Estadual Professor Fernando Azevado, no período de 21 a 25 de novembro de 2011, realizou em conjunto com a Secretaria Estadual de Educação, Diretotia Estadual de Educação DER'5 e Coordenação de Educação- CDED; o PRJETO AFRICANIDADE NO BRASIL, com seu objetivo de proporcionar a valorização através da divulgação a o respeito aos processos históricos e atuais das relações étnicos-raciais. Atendendo aos propósitos expressos pela lei 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, assegurando o direito à igualdade de condições de vida e cidadania estabelecendo o reconhecimento a valorização e o respeito  a descendência africana.
  Neste período, foram desenvolvidas ações como: projeções de filmes, exposição de paineis fotográficos, biografia de destaques afrodescendentes, coreografias, declarações de poemas e poesias, rítimos da Mãe África, amostras de comidas típicas, peça teatral e Concurso Beleza Negra. No dia 25, o Dr José Lima Santana, palestrou, sobre o tema: Afrodescendência Sergipana, também foram expostos trabalhos desenvolvidos pelos alunos cujo tema principal foi: Racismo e premiação dos vencedores do concurso Beleza Negra.

Por Adriano Santos

sábado, 19 de novembro de 2011

DESABAFO

  Estou muito triste, sim, muito triste mesmo! Pois, nessa sexta-feira, dia 4 de novembro de 2011, uma viatura da Polícia Militar-SE, em Nossa Sra. das Dores, parou defronte a sede do Projeto Memórias, que fica situada nas dependências do imóvel onde funciona também Bazar da Arte... O fato é que os membros do referido Projeto têm, nos últimos anos, trabalhado voluntariamente em prol do desenvolvimento intelectual da nossa população,  em especial, dos jovens. Esse trabalho os protege de situações de risco...
Pois bem, acontece adolescentes, que são atendidos de forma gratuita por essa Instituição, foram impedidos por integrantes da citada viatura de ensaiar, no referido local, músicas que seriam apresentadas, no dia seguinte, em um dos colégios de Nossa Sra. das Dores
Sem saírem da viatura, os policiais chamaram os meninos e disseram que eles tinham que parar o barulho ou, do contrário, iam levar os instrumentos musicais para a delegacia! O que os PMs alegaram: “os vizinhos” ligaram reclamando. Detalhe – os policiais não revelaram quem fez a reclamação. Foi o que me contaram os jovens.
No momento da abordagem, eu estava em uma sala editando um vídeo e não vi o ocorrido. Daí, pergunto, o mais adequado não seria a autoridade policial, ou “o vizinho” entrar em contato com os representantes da Instituição e, quem sabe, estabelecer um acordo de convivência, e não ser enviada uma viatura com policiais que fizeram os jovens músicos se sentirem ameaçados? Será que esses vizinhos, ou vizinho que reclamou não é um daqueles cujas ações refletem a personalidade de um indivíduo prepotente, orgulhoso e sem maiores preocupações com o próximo e com o meio-ambiente?
O que efetivamente os policiais encontraram ao chegarem ao local? Um grupo de jovens usando drogas, bebidas alcoólicas, fazendo sexo ilícito e planejando assaltar as casas dos vizinhos? Esses policiais encontraram armas? Ou instrumentos musicais nas mãos desses adolescentes? Daí, eu pergunto a vocês policiais e amigos protetores da sociedade, e pergunto também aos, ou porque não dizer, ao meu caro vizinho reclamante: qual é o barulho que perturba mais, as baquetas feitas de uma nobre madeira tocando a pele de um tambor de uma bateria ou o som de um tiro de fuzil adentrando numa janela e atingindo um inocente? Tiro esse que pode muito bem ser acionado por um jovem cujas oportunidades e habilidades tenham sido castradas por atitudes que refletem um posicionamento meramente egoísta e insano.
Será que os vizinhos, ou o vizinho é daqueles que já se acostumou com o barulho irritante das sirenes das ambulâncias levando para os hospitais vítimas de atos violentos praticados por certos jovens? Será que não são “estes” uma construção nossa? O que grita mais alto, um acorde de uma guitarra bem tocada ou o soar desafinado da sirene de uma viatura policial perseguindo jovens bandidos e perigosos?
Diante do que o mundo apresenta aos nossos jovens, é ou não é relevante o apoio a iniciativas como essa, que apresenta, por meio da didática musical, possíveis soluções para os eventuais problemas que acometem a sociedade?
Os policiais poderiam ir embora sem procurar os responsáveis pelo estabelecimento e pela referida Instituição a fim de expor a situação, dialogando com a outra parte envolvida?
Bem, o fato é que estamos “errados mesmo”, somos efetivamente culpados por não termos dinheiro para construir uma sala acústica para os nossos alunos, e, nem mesmo, temos sede própria. Somos culpados por eles saírem tristes com os seus instrumentos nas mãos lamentando o ocorrido. Somos culpados por nossa cidade não ter um local adequado para os nossos jovens exprimirem os seus talentos artísticos. Sim, talvez sejamos culpados por muitos deles se tornarem bandidos perigosos que matam pais de famílias inocentes para roubar e matam sem piedade aqueles que têm o ofício de nos proteger – vocês policiais.
Sim, talvez mereçamos mesmo ir presos por “perturbarmos” a ordem pública, e, de lá da delegacia, sermos encaminhados aos magistrados, processados e condenados pelo crime de formar bons cidadãos.
Bem, são exatamente três horas da manhã, estou com a cabeça doendo muito, a gastrite a mil, o estômago dói demais, e, do meu olho, está descendo uma água ardida, que alguns chamam de lágrimas, e essas caem nos mais variados formatos: lamento, revolta, tristeza, angústia, muito pesar...
PROJETO MEMÓRIAS DIALOGA COM A POLÍCIA MILITAR SOBRE SUAS ATIVIDADES



O diálogo se deve à denúncia de vizinhos sobre um barulho em excesso na sede do Projeto quando das atividades musicais desenvolvidas lá.
 Representantes do Projeto Memórias estiveram, nesta sexta-feira, dia 11 de novembro de 2011, a conversar com o Comandante do Destacamento de Polícia Militar de N. Sra. das Dores, Sargento José Ronalço Ramos, sobre as reclamações feitas contra o Projeto Memórias por alguns vizinhos; reclamações que têm a ver com as atividades (oficinas de música) desenvolvidas pela referida Instituição.

Em seguida, o Sargento forneceu explicações sobre a sua abordagem dias antes na sede do Projeto. Deu as devidas orientações, no sentido de encontrarmos meios de continuar as atividades evitando o choque com a vizinhança e de estabelecermos, se possível, um acordo de convivência com a outra parte envolvida, de modo que uma das alternativas citadas, durante a conversa com o Sargento Ronalço, foi a de notificar por escrito a comunidade local a cerca dos dias e horários da realização de tais atividades e criar critérios para as mesmas. 

 Assim sendo, o Projeto Memórias agradece ao Sargento José Ronalço Ramos pelas palavras de apoio, pelas orientações e por, gentilmente, se colocar à disposição de todos. 
Texto: Manoel M. Moura
Por Adriano Santos





sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nossa Senhora das Dores em luto

Na tarde de ontem (10-11-2011), de acidente de carro, faleceu Alonso José S. Filho, 49 anos (Alonsinho Taxista), que, em mais um dia de trabalho, estava no caminho de volta a Nossa Sra. das Dores.
Como sempre, fazia seu trabalho com toda dedicação, paciência e alegria, que distribuía a seus clientes-passageiros. Além dele, Jucicleide Ferreira Santos, 39 anos, e Maria Hercília de Almeida Lima, 89 anos e a Jovem a estudante de enfermagem Jaiany Menezes da Silva, 21 anos, que também estavam no veículo, faleceram.
Mas, será que o destino traçou esse fato? O fato é que o acontecimento deixou a população dorense desolada!!!...
Foram exauridos sonhos, planos de estudo e trabalho (expectativas de alegria). Nesse momento, há uma enorme tristeza.
Que Deus e o tempo dêem conforto aos familiares!
Por Adriano Santos

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NOVIDADE NA FESTA DO BOI 2011




A Festa do Boi, neste ano, traz uma novidade: a Prova dos Três Tambores, disputada com motos. Vão participar somente pilotos de Nossa Senhora das Dores-SE. O regulamento é o mesmo da modalidade a cavalo: uma volta na sexta e outra no sábado, somam-se os tempos e divide-se por dois, os competidores com os cinco melhores tempos irão disputar a final no domingo.

Lembramos a ordem: Prova dos três tambores com cavalo, Prova dos três tambores com moto, e Montaria em boi, respectivamente.

Quanto ao horário, sexta e sábado, às 21h; e, no domingo, às 15:30.



Por: Adriano Santos


terça-feira, 1 de novembro de 2011

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, DIA 31 DE OUTUBRO, DIA D



Drummond: o Poeta                      do sentimento do mundo


De um Pedregulho-MG (Itabira-MG), nasce (31/10/1902) alguém de alta sensibilidade e rara inteligência, como são os grandes mestres da literatura. Esse mago das palavras (que coincidência!) veio ao mundo no “Dia das Bruxas”. Uma pedra permite esse caminho, e “tinha uma pedra no meio do caminho...”, e há uma Poesia que nos salva.
Quem se predispõe a pensar e a beber conhecimento (filósofos, poetas, pensadores...), deveras, vai sofrer e sedimentar-se numa visão pessimista do mundo social. Assim, é Drummond, que vai do profundo lirismo introspecto: memória, saudade, amor às observações cotidianas, engajamento, tempo presente. Ele, indiscutivelmente, vivenciou o seu tempo, não deixando escapar nada de sua genial percepção, transformando todo o seu “sentimento do mundo” nessa força suprema que podemos chamar de sua linguagem. Como diria Ferreira Gullar: “Traduzir uma parte na outra parte / é uma questão de vida e morte...
Hoje é um dia especial: dia de Luz na mais nítida acepção da palavra! Seriam muitas teorias e ensaios sobre a luta do Poeta “contra” o eu-lírico transcendental, de uma originalidade somente traduzida nos grandes sábios... Então, vamos curtir alguns versos de Drummond:


            “Meu mundo vasto mundo,

            se eu me chamasse Raimundo

            seria uma rima, não seria uma solução.

            Mundo mundo vasto mundo,

            mais vasto é meu coração.”



“O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”



            “Chega mais perto contempla as palavras.

            Cada uma

            tem mil faces secretas sob a face neutra

            e te pergunta, sem interesse pela resposta,

            pobre ou terrível, que lhe deres:

            Trouxeste a chave?”


“Sempre no meu amor a noite rompe.

Sempre dentro de mim meu inimigo.

E sempre no meu sempre a mesma ausência.”


            “Eu preparo uma canção

            que faça acordar os homens

            e adormecer as crianças.”


Por: Adriano Santos
Texto: João Lover